O VALOR DO AMOR EM NOSSAS VIDAS

Pr. Elinaldo Renovato de Lima


A palavra amar tornou-se algo tão banalizado e distorcido no meio da sociedade, que o amor parece que perdeu seu significado. Normalmente, há jovens que, quando pensam em amor, pensam logo em namoro, ou em sexo. É o resultado de uma onda avassaladora de informações deturpadas que passam para as pessoas através da mídia, principalmente da televisão. Nas novelas, amar é fazer sexo, e de qualquer maneira, e com qualquer pessoa. Essa é uma visão prejudicada do verdadeiro sentido do amor. O próprio dicionário já consagra os falsos conceitos de amor: “Amor livre: O que repudia a consagração religiosa ou legal, representada pelo casamento; Fazer amor: Ter relações sexuais; copular; Mas há também os conceitos genuínos do que vem a ser amor. É neste sentido positivo que aproveitamos o tema para esta reflexão.

Em primeiro lugar, devemos considerar o que significa amor: “Sentimento que predispõe alguém a desejar o bem de outrem; Sentimento de dedicação absoluta de um ser a outro ser; Afeição, amizade, carinho, simpatia, ternura; Muito cuidado; zelo, carinho. Naturalmente, essas conceituações referem-se ao amor humano, devotado às pessoas que nos cercam. Como cristãos, precisamos valorizar o amor em nossas vidas. Não de modo teórico, mas na prática diária do nosso viver, no relacionamento com os outros.
Jesus, indagado pelos fariseus sobre qual seria o maior dos mandamentos, disse: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mt 22.38,39).
Vemos que, em primeiro lugar, Jesus destacou o amor a Deus de todo o coração, de toda a alma, de todo o pensamento. Pensemos bem no que isso significa. Não é apenas ser membro de uma igreja, dizer que é crente, ou que é religioso. É muito mais elevado e mais profundo. É ter uma devoção tão grande a Deus, que dá lugar a um sentimento verdadeiro e sincero de profunda reverência e zelo pelas coisas sagradas. É o amor ágape, que transcende à lógica humana. Quem ama a Deus da forma a que Jesus se referiu, jamais quer desagradá-lo, desrespeitá-lo, desobedecê-lo.

Logo a seguir, Jesus completou a resposta, afirmando que o segundo mandamento mais importante é “Amarás a teu próximo como a ti mesmo”. A essência do cristianismo está aí, resumida nesses dois mandamentos: Amar a Deus, e amar o próximo. Esse é o maior desafio do cristão. Amar a Deus parece que não é tão difícil, pois não o vemos com os olhos humanos. Amar o próximo parece também que não é difícil, mas é um desafio tremendo. As fraquezas do ser humano, as falhas do temperamento, os defeitos da personalidade, a formação defeituosa que podemos ter, os nossos defeitos, enfim, parecem obstáculos ao amor no dia-a-dia. Falar de amor é fácil. Difícil é praticar o amor, a caridade, de que fala 1 Co 13.

Uma ilustração parece-nos traduzir bem esse dilema do amor constante, na prática da vida.

“Um esposo foi visitar um sábio conselheiro e disse-lhe que já não amava sua esposa e que pensava em separar-se. O sábio escutou-o, olhou-o nos olhos e disse apenas uma palavra: -Ame-a. E logo se calou. -Mas, já não sinto nada por ela! -Ame-a, disse-lhe novamente o sábio. E diante do desconcerto do senhor, depois de um breve silêncio, disse-lhe o seguinte: " Amar é uma decisão, não é um sentimento; amar é dedicação e entrega. Amar é um verbo e o fruto dessa ação é o amor. O amor é um exercício de jardinagem: arranque o que faz mal, prepare o terreno, semeie, seja paciente, regue e cuide. Esteja preparado porque haverá pragas, secas ou excessos de chuva mas nem por isso abandone o seu jardim. Ame seu par, ou seja, aceite-o, valorize-o, respeite-o, dê afeto e ternura, admire e compreenda-o. Isso é tudo. Ame!! ".

Em seguida a ilustração faz um inteligente confronto entre o amor e o desamor.
”A inteligência sem amor, te faz perverso. A justiça sem amor, te faz implacável. A diplomacia sem amor, te faz hipócrita. O êxito sem amor, te faz arrogante. A riqueza sem amor, te faz avaro. A docilidade sem amor, te faz servil. A pobreza sem amor, te faz orgulhoso. A beleza sem amor, te faz ridículo. A autoridade sem amor, te faz tirano. O trabalho sem amor, te faz escravo. A simplicidade sem amor, te deprecia. A oração sem amor, te faz introvertido. A lei sem amor, te escraviza. A política sem amor, te deixa egoísta. A fé sem amor, te deixa fanático. A cruz sem amor se converte em tortura. A vida sem amor não tem sentido!!”

Diante dessa reflexão, devemos repensar o nosso comportamento. Será que realmente praticamos o amor? Será que não estamos praticando um cristianismo sem amor? Se assim é, trata-se de um cristianismo sem Cristo. Que Deus nos ajude, e nos ensine pelo Seu Espírito Santo, a viver a verdadeira vida cristã, praticando o verdadeiro amor. Em primeiro lugar, amando a Deus, de todo o coração, de todo o nosso entendimento, de toda a nossa alma. Em segundo lugar, amando o nosso próximo como a nós mesmos.

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